A Neoturf é a empresa Portuguesa com maior conhecimento em tecnologias para execução de coberturas verdes ou coberturas ajartdinadas.
Executamos coberturas verdes para todo tipo de utilização: intensiva, extensiva e semi-intensiva e promotoras da biodiversidade; desde os 0º aos 30º de inclinação.
O Eng.º Paulo Palha, director-geral da Neoturf, é actualmente o presidente da direcção da ANCV - associação nacional de coberturas verdes (www.greenroofs.pt), vice-presidente da Federação Europeia das Associações de coberturas verdes e pardes verdes EFB e representante de Portugal na WGIN (World Green Infrastructure Network).
A Neoturf instala coberturas ajardinadas recorrendo a sistemas de diversas marcas. A escolha do sistema de cobertura verde dependerá de: tipo de edificio, zona climática, tipo de vegetação a instalar e tipo de uso da cobertura, entre outros. São normalmente sistemas não intrusivos, o que garante total protecção da impermeabilização do edifício.
A Neoturf é instaladora certificada de diversos sistemas de coberturas ajardinadas, nomeadamente, dos sistemas ZinCo Green Roofs. A ZinCo é uma empresa multinacional Alemã, líder mundial, pioneira com mais de 60 anos de experiência em coberturas verdes.
Os técnicos da Neoturf têm participado em projectos em Portugal, Alemanha, Holanda, Oman e Gibraltar, estando preparados para desafios muito diversos e exigentes.
Contextualização das Coberturas Verdes ou Coberturas ajardinadas
Os primeiros registos de jardins em coberturas e telhados aparecem nas antigas civilizações do rio Tigre e Eufrates, exemplo disso foram os jardins suspensos da Babilónia no século 7 e 8 antes de Cristo. Os Romanos também desenvolveram este conceito em alguns dos seus edifícios. No entanto só o aparecimento de modernas técnicas de construção e instalação permitiram o alargamento da aplicação deste tipo de ajardinamento.
Foi apenas no século 20 que as técnicas construtivas fizeram das coberturas planas a regra na grande maioria dos edifícios das zonas urbanas. Estas coberturas, cujo sistema construtivo possibilitava agora maiores cargas, levaram ao desenvolvimento e expansão das coberturas ajardinadas.
Hoje em dia as coberturas verdes são uma área de negócio em franca expansão, já representada por uma indústria poderosa e organizada. Por outro lado o reconhecimento público das enormes vantagens deste tipo de instalação, levou a que alguns governos já tenham estabelecido incentivos para quem adopte este tipo de solução construtiva.
As novas técnicas reconhecem dois tipos de classificação: coberturas verdes intensivas e coberturas verdes extensivas. As coberturas verdes intensivas são semelhantes aos antigos jardins de cobertura ou coberturas ajardinadas, onde se espera que as pessoas utilizem essa área ajardinada como um jardim convencional. As plantas são mantidas de forma individual tal como se estivessem instaladas num jardim na base do edifício. A profundidade do perfil de solo é de, pelo menos, 15 cm mas, actualmente, utilizam-se substratos mais leves, de modo a minimizar a carga sobre a estrutura do edifício. As coberturas intensivas mais simples são caracterizadas por relvados e plantas de cobertura de solo, opções que requerem manutenção regular. Neste tipo de instalação a grande diferença para as instalações do género, mais antigas, é o uso de menores perfis de substrato, logo menores custos de instalação. São coberturas preparadas para ter acesso e utilização mas, normalmente, são executadas como uma paisagem para se observar do interior do edifício.
As coberturas ajardinadas extensivas não são executadas para uso humano regular, e muitas vezes nem sequer estão visíveis. As plantas são tratadas em massa, sendo as operações de manutenção executadas por toda a área (ex: corte de prado). Em qualquer caso, este tipo de cobertura é usado para reduzir a manutenção ao mínimo. A profundidade do perfil de solo varia entre 2 e 15 cm reduzindo assim de forma considerável o acréscimo de carga que este tipo de cobertura implica no edifício.
Um outro conceito mais recente tem vindo a ser desenvolvida: coberturas verdes semi-extensivas. A filosofia do mínimo input ecológico é respeitada, sendo utilizados perfis de substrato leves entre 10 a 20 cm que permitem uma mais vasta escolha de espécies a utilizar. Este conceito vem tentar demonstrar que não há razão alguma para que as coberturas extensivas não sejam visitáveis e utilizáveis, desde que projectadas para tal.
Vantagens de conforto e estética
Quando projectadas para espaços recreativos e de lazer, são espaços de recreio activo em áreas urbanizadas onde pouco resta de espaço no solo para espaços verdes.
São uma alternativa aos espaços verdes convencionais tendo a vantagem do seu acesso ser limitado, conferindo a este espaço maior privacidade e segurança, e desta forma grande conforto aos seus utilizadores.
Produção de alimentos. Há uma preocupação crescente com a qualidade dos alimentos e a forma como são produzidos. Uma das questótilde;es levantadas é o custo energético e a poluição causada pelo transporte (desde longas distâncias) deste tipo de produtos. As coberturas oferecem uma excelente oportunidade para a produção de vegetais e outros alimentos.
Quanto Às vantagens estéticas será fácil de entender a profunda alteração da paisagem que se iniciaria se todas aquelas coberturas, visíveis de uns prédios para outros, começassem a ser ajardinadas. Em vez de se observar o asfalto e as telas de isolamento das coberturas, começaríamos a usufruir de paisagens naturais que nos transmitiriam sensações de conforto. Mesmo as coberturas que não possuem acesso, mas são claramente visíveis, contribuem para o efeito terapêutico que as plantas verdes e a natureza provocam nas pessoas que convivem com esses espaços. Esses efeitos terapêuticos incluem a redução do stress, diminuição da pressão arterial, diminuição da tensão muscular e o aumento dos sentimentos positivos (Ulrich and Simmons 1986).
Vantagens ambientais
As coberturas ajardinadas extensivas, projectadas para não serem utilizadas, e como tal isoladas das pessoas, podem ser habitats imperturbáveis para plantas, pássaros e insectos.
Também importa recordar que os substratos utilizados na construção das coberturas ajardinadas têm fertilidade reduzida dado que o factor preponderante é a percentagem de inertes que garantam a drenagem. Nessas condições de reduzida fertilidade assistisse a um aumento do número de espécies, uma vez que não existem condições suficientes para a proliferação das espécies altamente dominantes. Assim coexistindo mais espécies vegetais no mesmo habitat encontra-se uma maior biodiversidade, traduzida num aumento do número de pássaros e insectos (Grime 2002). Certo é que em climas continentais todo o substrato pode congelar no Inverno, impossibilitando a vida de insectos e pássaros durante essa altura. No entanto, durante a estação de crescimento, as coberturas ajardinadas oferecem autênticas ilhas ecológicas onde insectos e pássaros podem descansar, alimentar-se e reproduzir-se.
Outro dos problemas ambientais que as coberturas ajardinadas podem ajudar a minimizar, prende-se com as consequências provocadas pelo destino das águas pluviais recebidas pelas coberturas e fachadas dos edifícios. Sabe-se hoje que 75% da chuva que caí numa cidade é conduzida directamente para as condutas de águas pluviais que as levam aos rios e mar. Comparativamente apenas 5% da chuva que cai numa área florestal é perdida superficialmente (Scholz-Barth 2001). Investigações indicam uma causa directa entre a má qualidade da água dos rios e ribeiros e a qualidade das águas pluviais que neles vêm desaguar. As grandes cheias verificadas em inúmeras cidades Inglesas em 2000 e 2001 têm como causa, em parte, o grande desenvolvimento de zonas construídas em leito de cheia e a consequente interrupção das zonas de drenagem natural.
As coberturas ajardinadas permitem reter parte das águas pluviais no seu substrato, libertando lentamente parte dela e aproveitando parte através das plantas aí presentes. Para além de reduzirem o volume de água perdida superficialmente, também têm um contributo no melhoramento da qualidade da mesma, através da retenção de alguns poluentes no seu substrato.
Os poluentes atmosféricos, também, podem ser reduzidos através do desenvolvimento das coberturas ajardinadas. A vegetação pode filtrar poluentes e poeiras sendo parte absorvidos pelas folhas. No caso dos metais pesados, grandes responsáveis pela poluição nas cidades, as coberturas ajardinadas desempenham um papel importante. Estudos demonstram que essa vegetação pode reter 95% do cádmio, cobre e chumbo e, 16% de zinco (Peck et al. 1999). As melhorias na qualidade do ar têm consequências significativas na melhoria das condições de saúde das populações nomeadamente na redução das doenças respiratórias e alérgicas.
Outro benefício das coberturas ajardinadas será a redução do efeito da ilha de calor. De todos os benefícios este será provavelmente o mais difícil de quantificar. Têm sido feitas algumas tentativas nesse sentido como, por exemplo, Bass et al. (2002) no seu modelo matemático que relacionava a influência das coberturas ajardinadas no efeito da ilha de calor na cidade de Toronto. Simulando que 50% dos edifícios da baixa de Toronto teriam coberturas ajardinadas verificou que a redução na temperatura seria de apenas 0,5º C. No entanto, quando no modelo estudado se acrescentava a possibilidade de rega, assegurando uma evapo transpiração efectiva mesmo durante largos períodos de seca, a redução de temperatura já foi de 2º C, tendo aumentado a área da cidade influenciada pelo abaixamento da temperatura. Os volumes de água considerados para rega poderiam ser de água armazenada da chuva ou desperdiçada pelo próprio edifício.
Nos problemas de ruído das cidades também parece ser possível contar com o contributo das coberturas ajardinadas. O isolamento acústico foi uma das principais razótilde;es para a instalação de uma cobertura ajardinada no edifício da Gap’s 901 Cherry Hill, Califórnia. Este edifício, que ganhou um prémio de arquitectura, situa-se perto de uma via rápida muito ruidosa e na rota do aeroporto internacional de São Francisco. A cobertura reduziu a transmissão de ruídos em cerca de 50 decibéis (Burke 2003).
Vantagens económicas
A reacção inicial de muitos curiosos Às coberturas verdes, é julgarem que estas vão danificar as telas protectoras e isolantes da cobertura provocando danos e consequentes despesas. De facto o que acontece é que, se utilizados os métodos correctos, a cobertura ajardinada prolongará o tempo de vida desses materiais isolantes (protege dos raios solares, diminui a temperatura, reduz a amplitude térmica, etc.), trazendo desde logo esse benefício económico.
Mas a principal vantagem económica, sendo um dos argumentos mais fortes para a execução de uma cobertura ajardinada, é o grande aumento de eficiência energética que esta solução construtiva confere aos edifícios. As coberturas ajardinadas diminuem em 90% a acção térmica dos raios solares incidentes nas coberturas. As temperaturas no interior do edifício mostraram ser de menos 3 / 4º C quando a temperatura exterior se situa entre os 25 e 30º C (Peck et al. 1999). Em climas onde o ar condicionado é essencial para a manutenção de condições decentes de trabalho, esta poderá ser uma razão fundamental para se adoptar umacobertura ajardinada: cada redução de 0,5º C na temperatura interior do edifício reduzirá o consumo de energia (destinada a aparelhos de ar condicionado) em mais de 8%. No Canada, a Environment Canada, encontrou esta típica situação num edifício de escritórios em Toronto que após a instalação de uma cobertura ajardinada com 10 cm de espessura de substrato, reduziu em 25% a necessidade de uso de ar condicionado durante o período quente. Também no Inverno se verifica uma poupança de energia nos edifícios que têm coberturas ajardinadas (muito dependente da espessura do substrato), pois a sua característica isolante diminui as perdas de calor.
As coberturas ajardinadas e as fachadas verdes não possuem apenas a possibilidade de redução dos custos no aquecimento e arrefecimento dos edifícios; conferem também uma directa redução nos custos de construção pois reduzem a necessidade de isolamento bem como a potência dos aparelhos de ar condicionado. Fazendo contas, uma cobertura convencional (não ajardinada), nos Estados unidos, utilizado preços de 2002, custa entre 43,00 e 90,00 dólares por metro quadrado. O valor mais baixo aplicando um sistema que não durará mais de 15/20 anos sem uma grande reparação, sendo o valor mais elevado para um sistema que poderá durar entre 30 e 50 anos sem reparação. Uma cobertura ajardinada extensiva custa cerca de 100,00 a 200,00 dólares por metro quadrado e durará entre 50 e 100 anos. Uma cobertura ajardinada intensiva poderá ter um custo de instalação compreendido entre 200 e 400 dólares por metro quadrado (Broili, 2002).
Pesquisas efectuadas na Europa sugerem que as coberturas ajardinadas duplicam a esperança de vida das membranas das coberturas (Peck and Kuhn 2000). As propriedades protectoras das coberturas ajardinadas têm desempenhado um papel fundamental na sobrevivência das antigas membranas utilizadas na construção dos edifícios. Prova disso o Edifício Derry and Toms (já enunciado), situado no centro de Londres, que mantém uma espectacular cobertura ajardinada desde 1938 com uma membrana ainda em bom estado (Peck et al. 1999).
Esta nova perspectiva da bioengenharia tem vindo a desenvolver-se rapidamente nos países do norte de Europa e, mais recentemente, nos estados unidos da América, contando com a participação de várias especialidades: desde engenheiros de estruturas, viveiristas, construtores civis, arquitectos, engenheiros de hidráulica, entre outros.
Utilize o Guia Técnico da ANCV - Associação Nacional de Coberturas Verdes, como garante da qualidade da sua cobertura verde (projecto / instalação / Manutenção)